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Urbanóide, por Raisa Torterola |
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Bar 512 |
Na última terça-feira, 19 de fevereiro, o Bar 512 emprestou suas paredes amarelas para a abertura da exposição do acervo do Núcleo Urbanóide. O que é esse tal Núcleo?
A resposta é quase óbvia. Se
urbano, do latim
urbanus, significa "pertencente à cidade", e
núcleo, do latim
nuclĕus, é utilizado para referenciar "o elemento primordial ao qual se juntam outros para dar forma a um todo", só poderia ser um coletivo independente de arte de rua. Mais precisamente, fundado há 6 anos em Porto Alegre por Eduardo Guspe, Luis Flávio Trampo, Jonathan Jotapê e Jamaikaih Santarém. O grupo promove e executa projetos visuais de arte urbana, design autoral e workshops criativos.
O ateliê, como é chamada a sede por Marcelo Pax, curador da exposição, funciona para trocar e multiplicar experiência de artistas independentes do país e do exterior. "Às vezes as pessoas se hospedam aqui e acabam produzindo algo que fica para o acervo, é uma forma de cobrar pela estadia", diz Marcelo.
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Sobreviventes, de Bruno Góes |
E é justamente por ter tanto material produzido que o coletivo teve a ideia, juntamente com o 512, de realizar a primeira mostra do acervo. As obras representam nítidas indagações da sociedade mundial, não se voltam para questões particulares da capital ou do país, tornando a exposição universal. A obra de Bruno Góes, intitulada "Sobreviventes" (acima), é um bom exemplo: escadas nascendo de buracos, ou de olhos, ou de bocas de cobras. "O que é o fundo, no fundo?"
Desenhos e colagens em madeira, olhos coloridos que parecem dar vida à borboletas, tecidos, telas e pinturas. Trabalhos em preto e branco, com certa influência do nanquim, e as famosas cores dos grafites. Este é o acervo do Núcleo Urbanóide, que deixa claro o quanto a arte urbana passou a dominar outros espaços, inovando nos quesitos de material e de referências. Qualquer um dos quadros poderia estar na parede de uma sala-de-estar, juro.
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Live paint, de Marcelo Pax e outros |
Os destaques ficam logo na entrada. A obra de Marcelo Pax (acima), em parceria com outros artistas, é uma das boas surpresas. "O live paint é pintado ao vivo, e é o caso desse trabalho, que foi pintado aqui no bar enquanto bebíamos e conversávamos", explica o artista. No fundo do palco, regada por efeitos de iluminação, encontramos outra raridade: um tecido imenso, cheio de casas amontoadas.
Para quem gosta de conhecer novas possibilidades, ou quem gosta de frequentar lugares interessantes, recomendo aparecer no Bar 512 e se deixar levar pelas cores, as pinceladas e os rabiscos expostos. Bom apetite!
* Conheça mais sobre o Núcleo Urbanóide acessando a página oficial no facebook: https://www.facebook.com/Núcleo-Urbanóide
Mais fotos:
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Créditos |
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Cores e ilusões |
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Preto e Branco, com influência do nanquim |
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Preto e Branco |
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Trabalho em madeira |
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As famosas cores |
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Tecido com casebres |
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Marcelo Pax |
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